Fala tecladista! Tudo certo? Aqui quem fala é o Augusto Canarin, do Aprenda Piano, e hoje nós vamos dar início a uma série de artigos individuais sobre as escalas diminutas, iniciando pela escala diminuta de Dó.
As escalas diminutas são fundamentais no mundo da música, principalmente para improvisações ou solos musicais.
É muito comum em estilos mais específicos, você encontrar musicistas utilizando essa escala.
O que acontece com a maioria dos músicos, principalmente pianistas e tecladistas, é que eles conhecem mais os acordes diminutos, mas não tem nenhuma noção das escalas desses acordes.
Então, nós resolvemos estudar individualmente todas as escalas diminutas, para que você não tenha nenhum problema na hora de utilizá-las no seu dia a dia.
Está preparado? Vamos dar início ao nosso estudo!
FORMAÇÃO DAS ESCALAS DIMINUTAS
Para iniciar o nosso estudo, precisamos primeiro entender como formar as escalas diminutas.
Todas elas, independente da tonalidade, seguem o mesmo padrão de formação.
É como se todas as notas fizessem parte de uma receita culinária, e o resultado dessa receita é a escala.
Isso acontece com todas as escalas musicais, e com a escala diminuta não é diferente!
Então, antes de você aprender a escala diminuta de Dó, você precisa saber como montar esse tipo de escala.
Mas fique tranquilo pois tenho uma notícia ótima para você!
A receita que origina as escalas diminutas é a mais fácil de todas as outras escalas.
Isso se deve ao fato dela ser considerada uma escala simétrica.
Ou seja, uma escala, a qual independente do lado que você olhe, ela segue a mesma sequência.
Essa formação é construída por meio de 7 intervalos, com divisões em TOM e SEMITOM.
Você começando tanto pelo início quanto pelo fim, a sua estrutura se mantém. Veja:
TOM – SEMITOM – TOM – SEMITOM – TOM – SEMITOM – TOM
Caso você tenha dificuldade em decorar essa ordem, pense dessa forma:
- A escala é formada por 7 intervalos, iniciando por um TOM e finalizando também em um TOM.
Através desse caminho, você consegue montar a escala diminuta que quiser!
Vamos então, aplicar essa regra na tonalidade que nós desejamos?
Eu sei que pode parecer difícil, mas nós vamos juntos desconstruir essa ideia equivocada que a maioria dos músicos tem.
ESCALA DIMINUTA DE DÓ: NOTAS
Para iniciar o processo, nós devemos focar na nota fundamental da nossa escala.
Então, nós sabemos que a primeira nota da nossa escala é a nota Dó.
A partir da primeira nota, você já consegue utilizar a regra para descobrir as próximas notas.
O primeiro a se fazer, é aumentar um tom da nota Dó. Fazendo isso, nós temos a nota Ré como a nossa segunda nota.
Depois se aumentar um tom, nós só precisamos ir alternando, seguindo a mesma ideia.
Um semitom acima da nota Ré, é a nota Mib, sendo ela nossa terceira nota.
Para nossa quarta nota, nós precisamos aumentar um tom da nota Mi bemol.
Após fazer isso, encontramos a nota Fá, como quarto grau da nossa escala.
Temos ainda 4 intervalos para descobrirmos 4 notas.
Agora vamos novamente aumentar um semitom.
Com isso, nós chegamos até a nota Solb, completando até o momento 5 notas da nossa escala.
Continuando com os intervalos alternados, vamos para mais um tom.
Partindo da nota sol bemol e aumentando um tom, temos a nota Láb como sexta nota.
Aumentando um semitom de lá bemol, o resultado é a nota Sibb (dobrado bemol). O acidente dobrado bemol reduz um tom da nota, ou seja, o Si Dobrado Bemol ocupa a mesma tecla que a nota lá, que você já conhece bem!
E para finalizar a nossa escala diminuta de Dó, falta aumentar um tom apenas, partindo de Sibb (lá).
Fazendo isso, encontramos a oitava e última nota da escala, o Si.
Juntando todas as notas, em uma ordem crescente, temos a seguinte sequência:
Dó – Ré – Mib – Fá – Solb – Láb – Sibb (lá) – Si
Essa então, é a famosa escala diminuta de Dó!
Você percebeu o quão fácil foi montar essa escala, seguindo apenas alguns passos básicos de TOM e SEMITOM?
Basta aplicar a mesma regra com todas as tonalidades e pronto, você consegue montar as suas respectivas escalas diminutas.
DIRETAMENTE NO PIANO
Agora, para você tecladista, que se sente ainda um pouco confuso em localizar todas essas notas no piano/teclado, preste bastante atenção.
Nós decidimos disponibilizar a ilustração de como seria a escala diminuta de Dó diretamente no piano.
Isso com certeza vai te ajudar e muito a não passar nenhuma dificuldade em relação a essa escala.
Você vai ter a demonstração de todas as notas, em suas devidas posições, originando assim a escala que está em estudo.
Veja abaixo então, como fica a nossa escala no piano:
Com isso então, nós encerramos tudo aquilo que você precisava saber sobre essa escala.
Eu te convido a ir até o seu instrumento e executar essa escala, como forma de exercício!
FINALIZANDO
Muito fácil tocar e executar a escala diminuta de Dó, não é mesmo? Agora é com você!
Fico muito feliz em poder te ajudar e para que isso continue por muito tempo, conheça nossos cursos e nossos materiais educativos.
Por hoje é isso, eu fico por aqui. 😉
Um forte abraço e bons estudos!
Augusto Canarin
